quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ohka - A História dos Mísseis Tripulados




A manifestação mais absurda do sentimento bélico do homem está na criação de armas de destruição. Uma destas criações se chamava OHKA, um míssil vestido com uma carcaça de planador e que era tripulado por um soldado, ou seja, era sentar-se sobre a ogiva e explodir junto contra um alvo inimigo.




 
O piloto planava rumo ao alvo e quando próximo o suficiente, acionava o motor-foguete do Ohka, guiando o míssil para que impactasse contra o navio que pretendia destruir. A abordagem final praticamente não podia ser abortada (especialmente no Tipo 11) por conta da tremenda velocidade ganha pela aeronave. O OHKA foi criado para a específica tarefa do suícidio.




Embora Ohka é menos eficaz em comparação com um avião Kamikaze normal, os horripilantes efeitos dessas bombas foguete estão profundamente enraizadas no coração de alguém que a presenciou. Estes pequenos planadores são lançados no ar por um outro avião e com seus foguetes propulsores alcançam uma velocidade de 800 km/h no momento do impacto e explosão sobre o navio. Uma série de conceitos filosóficos motivava os pilotos. Era o último sacrifício para salvar a pátria, os conterrâneos e o imperador ( este era considerado a divina encarnação da deusa do Sol da religião xintoísta).

Detalhes:

Modelo: Modelo 11
Comprimento: 6,07 m
Altura: 1,16 m
Envergadura: 5,12 m
Superfície alar: 6 m2
Peso: 440 kg (vazio), 2.140 kg (carregado)
Motor: três Yokosuka Tipo 4 Mk 1 Modelo 20, 801 kg de empuxo
Velocidade máxima: 648 km/h
Alcance: 37 km
Armamento: 1.200 kg de explosivos
Tripulação: 1

Segundo os ensinamentos das Forças Armadas japonesas, a vida não deveria ser vista como prioridade.

 

3 comentários:

Paulo disse...

Sinônimo de final de guerra.
Soldados, generais e população entram em panico e o desespero toma conta.

Antes do final da guerra não existiam kamikases.

Carlinhos Mohaa disse...

Sou um grande admirador da Segunda Guerra, esses topicos são muito bons...

Vlw Mugui

Marcelo SP disse...

Não tinha como colocar bancos ejetáveis não???

Japoneses burros...