segunda-feira, 19 de outubro de 2009

História do Zeppelin



Origem

O Zeppelin foi um dirigível rígido inventado pelo conde Ferdinand Von Zeppelin na Alemanha. De formato alongado característico, foi muito utilizado durante a Primeira Grande Guerra e para travessias transatlânticas com passageiros na década de 1930.

Esse Dirigível foi usado no bombardeio estratégico noturno da Inglaterra na I Guerra, mas baseado em desenhos de reconhecimento da Marinha e Exércitos Alemães, que os usaram em grande número, servindo o seu desenho de base para cópias que foram feitas no pós-guerra na Inglaterra e EUA.

Suas cargas bélicas eram compostas de bombas de 272 kg. Eles encontravam quase ou nenhuma oposição, até que na noite de 2 para 3 de setembro de 1916, o Tenente William Leefe-Robinson do Royal Flying Corps, 39ª Esquadrilha de Defesa Territorial, abateu o primeiro aeróstato alemão. Embora ainda muito apoiados pelo Exército e pela Marinha alemã, os dirigíveis tiveram suas missões reduzidas drasticamente à medida que a defesa territorial britânica se fortalecia.

Zeppelin no Brasil



Em 1933, os alemães da Companhia Luftschiffbau Zeppelin vieram ao Brasil escolher a área apropriada para pouso e abrigo dos Zeppelins. No ano seguinte, o Hangar concebido por engenheiros alemães, começou a ser construído pela Companhia Brasileira "Construtora Nacional Condor" que seguia as instruções do gigantesco Kit fornecido pelos alemães. Um acordo entre o governo brasileiro e a Companhia Alemã previa a construção de um aeródromo que mais tarde foi denominado Bartolomeu de Gusmão.

Além da construção do Hangar, foi instalada também uma fábrica de hidrogênio para abastecer os dirigíveis e uma linha ferroviária ligando o aeroporto à estação de D. Pedro II.

Finalmente, em 26 de dezembro de 1936, o Hangar foi inaugurado com a ativação de uma linha regular de transportes aéreos que ligava Frankfurt ao Rio de Janeiro com escala em Recife e contou com a presença do então presidente Getúlio Vargas.

No Hangar, tudo tem proporções imensas. Com 270 m de comprimento, 50 m de altura e 50 m de largura, o Hangar do Zeppelin está orientado no sentido Norte/Sul. O portão Norte, com 28 m de largura e 26 m de altura só servia para ventilação e saída da torre de atracação e só abre manualmente. O portão Sul, o principal, abre-se em toda a altura do Hangar e possui duas folhas de 80 toneladas cada uma. Estas portas podem até hoje ser abertas elétrica ou manualmente, utilizando o sistema original.

O uso do Hangar foi efêmero e em 1937 o último Zeppelin decolava do aeródromo após nove viagens ligando o Brasil à Europa. Dentre essas viagens, quatro foram realizadas pelo Hindenburg e cinco pelo Graf Zeppelin.

Quando o aeroporto Bartolomeu de Gusmão foi transformado em Base Aérea de Santa Cruz em 1941, o Hangar passou a abrigar as diversas Unidades Aéreas que ali se instalariam ao longo dos anos.

O "Zeppelin" vai vencendo de forma heróica sua luta contra todas as adversidades do tempo e, apesar da proximidade com o mar da Baía de Sepetiba, ainda não sofreu problemas de oxidação que lhe causassem danos significativos.

Cabe ressaltar que, atualmente, este é único Hangar para Zeppelins existente no mundo, pois os outros dois que foram construídos, um na Alemanha e outro nos Estados Unidos, já não existem mais. E é por esta razão que o Hangar do Zeppelin constitui um importante marco na história de Santa Cruz, do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo e mais do que nunca, precisamos preservá-lo.

O Fim dos Zeppelin





O Acidente

Na noite chuvosa de 6 de maio de 1937, quando o dirigível se aproximava do
solo em Lakehurst, Nova York, iniciou-se um incêndio na aeronave, transformando-a
rapidamente em uma imensa bola de fogo no céu de Nova York (Figura 4). Dos 97
passageiros a bordo, 35 morreram. Uma pessoa que auxiliava a atracação da aeronave
no solo também morreu. Das que morreram, 27 pularam do dirigível em chamas e 8
foram queimadas pelo óleo diesel proveniente dos tanques do dirigível.
Uma comissão, que investigou o acidente junto com a companhia Zeppelin,
concluiu na época que o hidrogênio havia vazado de algum dos tanques e uma faísca
dera a ignição.

No entanto, uma investigação recente conduzida pelo Dr. Addison Bain, excientista
da NASA que trabalha há muito tempo com hidrogênio, encontrou outra causa
para a ignição que deu origem ao incêndio. Analisando pedaços do material utilizado na cobertura do dirigível, Bain constatou em seu relatório que era de um material
extremamente inflamável (nitrocelulose recoberta por uma película de alumínio) e que o fogo iniciou-se por uma faísca provocada pela eletricidade estática acumulada na
aeronave.

Especificações:





Tinha 213 m de comprimento, 5 motores, transportava 20 passageiros e cerca de 45 tripulantes e um volume de 105.000 m³, sendo o maior dirigível da história até a data de sua construção em 1928. Sua estrutura era baseada numa carcaça de alumínio, revestida por uma tela recoberta por lona de algodão, pintada com tinta prata, para refletir o calor. Dentro dela, existiam 60 pequenos balões inflados com gás hidrogênio, juntamente com os seus 5 motores Maybach, com 12 cilindros, desenvolvendo até 550 HP (máximo) cada, alimentados com um combustível leve, o Blau Gas e gasolina, que o mantinham no ar, a uma velocidade de até 128 km por hora. Tinha capacidade de carga para até 62 toneladas.

Possuía banheiros, sala de jantar e estar, cozinha, e salas de rádio e navegação. O Graf Zeppelin, contava ainda com 10 camarotes, com dois beliches cada um, que confirmavam a fama de "hotel voador". A passagem, na época, custava 6.590 réis. Não era permitido fumar livremente a bordo; era somente permitido em áreas de bar, com os isqueiros próprios do dirigével presos às mesas. Era verificado no embarque se nenhum passageiro portava isqueiros ou fósforos.

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