Camuflagem em tanques.
A Primeira Guerra Mundial viu surgir os blindados e já neste conflito muitos deles foram camuflados como os famosos Renault FT-17, mas foi durante a Segunda Guerra Mundial foram muitos os veículos camuflados Tanto os Aliados quanto o Eixo optaram por camuflar seus veículos. Na África do Norte nos combates do deserto tantos alemães, italianos, quanto britânicos camuflaram os seus veículos com tons de areias. Durante o inverno, principalmente alemães e russos, camuflavam os seus veículos blindados de branco. Nesta guerra tanto os Aliados quanto as nações do Eixo buscaram camuflar uniformes, veículos e aeronaves conforme o terreno ou clima quando suas tropas combatiam no deserto ou durante o rígido inverno.
Na África do Norte as unidades equipadas com o Matilda usaram um dos mais interessantes esquemas de pintura da Guerra do Deserto. Baseava-se nos padrões de camuflagem de navios na 1ª Guerra Mundial, visando falsear a silhueta do tanque e assim confundir os artilheiros inimigos. Empregava dois tons de Cinza, Verde, Marrom ou Azul Claro (possivelmente obtidos dos estoques da marinha) sobre a cor "Desert Sand" normal. Porém, esse esforço foi quase anulado quando os tanques receberam os painéis pintados de branco com uma faixa vertical vermelha, em preparação para a "Operação Crusader". Caminhões do LRDG foram pintados de um cor-de-rosa, pois se descobriu que esse tom no deserto é muito bom para camuflagem. Hoje em dia o SAS britânico usa esse tom em alguns de seus carros para operações no deserto.
A primeira camuflagem usada pelos blindados alemães do Afrika Korps no deserto foi lama, a qual costumava sair com o desgaste normal das ações, deixando aparente a cor original em "Dark Gray". Embora fossem emitidas instruções de camuflagem para algumas áreas específicas (como no Alasca, por exemplo), os veículos que lutaram na África do Norte não receberam nenhum tipo de pintura oficial de camuflagem. Devido a isso, os tripulantes dos tanques americanos decidiram improvisar com lama, cobrindo a cor "Olive Drab", da mesma forma que os alemães dois anos antes.
Os blindados adotados pelos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial eram todos de origem americana e adotavam a sua camuflagem padrão "Olive Drab". Após a Segunda Guerra Mundial a camuflagem adotada pelo EB foi dois tons, marrom e verde. Mas muitos blindados tem somente a pintura verde-oliva.
Os militares devem ter uma preocupação constante com os veículos e armas pesadas, inclusive com suas emanações térmicas, buscando-se no ambiente as ocorrências naturais e artificiais preexistentes que poderão confundir-se com as atividades militares em desenvolvimento. Por exemplo: se existir uma vila próxima à área de estacionamento, dispor as viaturas formando figuras geométricas semelhantes à disposição das casas, de forma que uma imagem infravermelha irá estabelecer a dúvida quanto à verdadeira posição da vila; não posicionar os meios em terreno plano e sim em depressões ou próximos a dobras do terreno, de vegetações e outros acidentes naturais, de forma a que as redes de camuflagem não apresentem contornos nítidos em relação ao horizonte, mas sejam colocadas como complemento da vegetação existente ou dando continuidade aos movimentos do terreno.
Camuflagem em navios.
A principio no mar, a camuflagem tinha pequenos propósitos. Mas volta de 1890 os franceses e alemães pintaram seus navios de cinza, e em 1903 os britânicos seguiram o exemplo. O uso alemão de submarinos na Primeira Guerra Mundial promoveu o aumentou da necessidade da camuflagem. Um número de conselheiros navais e artistas argumentaram que navios literalmente não podiam ser escondidos mas que padrões de camuflagem pintados neles podiam confundir o inimigo quanto ao tamanho e a direção de um navio. Depois de muito debate, os britânicos adotaram o padrão "dazzle painting" com cores e formas vistosas. Depois da guerra, as marinhas britânicas e americanas abandonaram a camuflagem, mas retornaram a esse padrão outra vez na Segunda Guerra Mundial.
Hoje são poucas as embarcações camufladas. Eles normalmente se resumem a lanchas rápidas, lanchas de desembarque e pequenas embarcações de patrulha. Os padrões sãos os mais variados. Os Seals usam lanchas rápidas para as suas missões que adotam tons de azul claro.
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